O TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE.
O Hubble, assim batizado em homenagem a Edwin Powell Hubble, que revolucionou a Astronomia ao constatar que o Universo está se expandindo, foi lançado ao espaço em abril de 1990.
Em seguida teve que receber significativos reparos, em razão de falhas confirmadas na construção dos seus gigantescos espelhos, que estavam deformando as imagens obtidas. Realizaram essa correção com sucesso.
Depois, ao longo do seu funcionamento, foi recebendo diversas visitas espaciais da NASA, para manutenção e substituição de equipamentos que apresentavam falhas nas operações, e de outros, que se tornavam obsoletos, em razão do constante progresso tecnológico.
Conseguiu pleno êxito em sua missão, por tempo muito superior ao inicialmente previsto, tornando possível conhecer o corpos do espaço sideral muito mais distante que as estrelas da nossa própria galáxia, Via Láctea, e estudar estruturas do Universo até então desconhecidas, ou pouco observadas.
Em vídeo de 02m41s conheça um pouco dos 30 anos de atividades do Telescópio Espacial Hubble.
O TELESCÓPIO ESPACIAL JAMES WEBB.
Inicialmente programado para seguir para o espaço em 2013, seguidamente a NASA prorrogou a data de lançamento do Telescópio Espacial James Webb, com sensibilidade 100 vezes superior ao Hubble, que revolucionou a astronomia quando iniciou suas operações.
Sua lente principal tem diâmetro de 6,5 metros, quase três vezes maior que a do Hubble, e seria colocado em órbita a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, muito mais longe que seu antecessor, que permanece estabilizado há “apenas” 650 km da Terra.
Com esse telescópio querem explorar todos os campos da astronomia, e os períodos da história do Universo hoje conhecido, do “Big Bang” à formação de galáxias e de sistemas estelares na nossa Via Láctea, e, ainda, segundo esperam, deverá permitir a confirmação da existência de prováveis sistemas que abrigam condições que poderiam suportar ou conter alguma forma de vida.
Outra promessa é o estudo da atmosfera dos Exoplanetas, situados fora do nosso sistema solar, algo que era impensável há 10 anos, dizem os cientistas. Esperam conseguir ver estrelas nascendo, galáxias se formando, e conseguir capturar imagens diretas de diferentes planetas orbitando outras distantes estrelas.
Atualmente os astrofísicos afirmam que o James Webb beneficiará todos os campos da astrofísica. O fato do Hubble ter proporcionado um salto imenso no estudo do cosmo, incluindo a descoberta da energia escura (70% da energia do universo era desconhecida antes do Hubble), permite prever que um grande número de informações inéditas serão conseguidas, descobrindo novas ocorrências, que hoje não sabemos existir.
Serão descobertas que acontecerão ao longo dos próximos 20 ou 30 anos, em época que fará “valer a pena” ser um astrônomo.
Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
Julho 2023