Cientistas realizaram interessantes e importantes experiências para verificar se humanos geram reações comportamentais respondendo à efeitos olfativos, como observados em outras espécies.
O objetivo era identificar se o suor gerado em situações de estresse emocional causaria respostas neurobiológicas e comportamentais em outras pessoas expostas ao odor.
O estudo abordou investigação sobre a existência de feromônios de alarme em humanos, avaliando sua influência neurobiológica e comportamental. Os feromônios de alarme são sinais químicos que, em outras espécies, alertam os membros do grupo sobre perigos iminentes. A pesquisa buscou evidências que confirmassem tal fenômeno em humanos.
- Feromônios – São sinais químicos liberados por um organismo para influenciar o comportamento, ou o estado fisiológico, de outro indivíduo da mesma espécie, atuando como forma de comunicação invisível. Desempenham papéis cruciais em interação social, reprodução e respostas a ameaças no reino animal.
- Amígdala – É estrutura do cérebro localizada no sistema límbico, responsável por processar emoções, como medo e prazer, e por influenciar reações emocionais e comportamentos relacionados à sobrevivência.
EXPERIÊNCIAS REALIZADAS
Utilizando vestimentas especiais, projetadas para evitar o crescimento bacteriano, dando ao suor inodoro seu odor aversivo característico, os pesquisadores coletaram amostras de suor de 144 indivíduos em duas condições distintas.
- Exercício físico – Corrida em esteira, para servir como condição de controle.
- Estresse emocional – Após um salto de paraquedas, sem esforço físico significativo.
Os níveis de cortisol e ansiedade foram medidos para garantir que a condição de salto aéreo induzisse estresse emocional. Amostras de suor foram então submetidas a experimentos.
fMRI – Para verificar a ativação da amígdala, que é relacionada à excitação emocional.
- fMRI – “Imagem por ressonância magnética funcional” – É técnica que mede alterações no fluxo sanguíneo cerebral para identificar áreas ativas do cérebro. É amplamente utilizada para estudar processos neurais, como a excitação emocional, ao captar respostas em regiões específicas, como a amígdala.
Análises de odor – Determinação de possíveis diferenças perceptivas entre suor de estresse e suor de controle.
Testes comportamentais – Avaliação da influência do suor estressante na interpretação de ameaças ambíguas.
REVELAÇÕES DOS EXPERIMENTOS
Houve ativação da amígdala em resposta ao suor de estresse, indicando excitação emocional induzida.
Participantes expostos ao suor estressante mostraram maior sensibilidade à ameaça ambígua.
Não foram detectadas diferenças perceptíveis de odor que pudessem influenciar os resultados.
CONCLUSÕES
A pesquisa forneceu evidências neurobiológicas de que os feromônios de alarme em humanos podem existir e têm implicações funcionais. A ativação da amígdala e mudanças no comportamento sugerem que o suor de estresse atua como sinal químico de alarme.
OBSERVAÇÕES RELEVANTES
A metodologia foi rigorosa ao usar condições de controle e evitar fatores de confusão, como odor bacteriano.
Embora o estudo tenha identificado efeitos neurobiológicos, as implicações práticas dos feromônios de alarme em humanos ainda são pouco compreendidas, exigindo mais investigações.
O estudo abre portas para novas pesquisas sobre como os sinais químicos podem influenciar o comportamento humano em situações sociais e de perigo. Além disso, demonstra que nossa biologia tem aspectos em comum com outros mamíferos.
Fontes; pesquisas virtuais. – Link para a principal publicação científica – ESTRESSE DE SEGUNDA MÃO – EVIDÊNCIA NEUROBIOLÓGICA DE UM FEROMÔNIO DE ALARME HUMANO
Paulo Dirceu Dias
paulodias@pdias.com.br
Sorocaba – SP
05/04/2025